Projeto : Diversidade das Cores

Ervas Medicinais utilizadas na cultura Negra

Planta Arruda

Nome popular: Arruda.
Nome científicoRuta graveolens L.
Família: Rutaceae.
Origem: Europa Meridional.
Propriedades: Adstringente, analgésica (reduz a dor), antiasmática, antiepiléptica, antiespasmódica (reduz contrações musculares involuntárias), anti-helmíntica (elimina vermes), anti-histérica, anti-inflamatória, antinevrálgica (redução de dores do sistema nervoso), bactericida (mata bactérias), calmante, carminativa (eliminador de gases intestinais), cicatrizante.
Características: Subarbusto perene, rizomatoso. Cultivada em várias regiões do mundo como planta medicinal e tradicional. Desde a mais remota antiguidade a arruda foi tida na Europa e África com planta mágica (na superstição), usada em rituais de proteção do homem, especialmente crianças, contra o mau-olhado, defesa contra doenças e para a realização de sonhos e desejos. Ainda hoje muitas dessas superstições são mantidas no Brasil. A planta toda exala um forte cheiro, gerado pela presença de seu óleo essencial.
Parte usada: Folhas.
Usos: A literatura etno farmacológica cita seu uso em medicina popular na forma de chá como medicação caseira no tratamento de desordens menstruais, inflamações na pele, dor de ouvido, dor de dente, febre, câimbras, doenças do fígado, verminose e como abortivo. Segundo estudos farmacológicos, esta planta tem atividades anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), febrífuga (antifebril), emen-agoga (que provoca menstruação) e abortiva.
Forma de uso / dosagem indicada: Pelo menos 2 de suas preparações caseiras são aceitas pela medicina oficial, e o sumo (líquido extraído) obtido por pressionamento das folhas. O chá por infusão no tratamento da menstruação atrasada é preparado adicionando-se água fervente a uma xícara das de chá contendo uma colher das de café das folhas picadas e usado na dose de duas xícaras por dia. O sumo é empregado para aliviar a dor de ouvido, colocando-se 2 a 3 gotas no ouvido doloroso. O emprego desta planta, tanto por via oral, quanto por via tópica (externa), deve ser feita com muita cautela, devido ao seu efeito tóxico sobre o útero, podendo provocar hemorragias, além de quando sobre a pele, provocar queimaduras severas quando a pele é exposta ao sol.
Cuidados: Pode possuir ação hemorrágica devido à suas propriedades emenagógicas (que provoca menstruação), induzindo às vezes ao aborto.


Referências bibliográficas: 
Lorenzi, H. et al. 2002. Plantas Medicinais no Brasil.
Vieira, L. S. 1992. Fitoterapia da Amazônia.



Planta Guiné


Guiné, Planta
Nome popular: Guiné, erva de pipi, tipi,, tipi-verdadeiro, amansa senhor, mucura-caá, pipi.
Nome Cientifico: Petiveria tetranda gomez.Petiveria alliacea / Família: Fitolacáceas
Partes usadas: Toda a planta, especialmente a raiz.
Propriedades medicinais: Indicada para afecções da cabeça, da vista, contra falta de memória, reumatismo, paralisia, estados nervosos, pelos seus poderes analgésicos, mas apenas em uso externo, em compressas. O pó da raiz ameniza a dor de dente.
Popularmente também usado em gargarejos para combater dor de garganta.
Uso mágico: A Guiné no Brasil é muito utilizada, junto com a arruda, em vasos de proteção colocados à porta das casas. A Guiné funcionaria como uma espécie de "antena” que captaria as más vibrações, que seriam então neutralizadas pelo poder desinfectante da arruda.
Modo de usar: Pode usar em banhos de descarrego fervendo em água depois coando a mesma e deitar no seu corpo, ou então também pode queimar, servindo como defumação.
Objetivo: Para correr com más vibrações.
Embalagem: sacos de +/- 40 grs.
Informações complementares
Nome em outros idiomas
  • Inglês: pipi root, apacina, Congo-root, garlic weed, Guinea hen-plant, gully-root, skunk-root;
  • Alemão: Anamu, Mucura.
Origem
África e América Tropical.
Origem
Características
Planta herbácea de ciclo perene.
É uma planta lenhosa, com caule ereto, medindo até 2m de altura, considerada pelo povo como um escudo mágico contra malefícios. Apresenta longos ramos delgados ascendentes. As folhas são elípticas, oblongas, curto-pecioladas e acuminadas no ápice, com até 12cm de comprimento e 5cm de largura. As flores são pequenas e sésseis.
O fruto é uma pequena cápsula. É encontrada em várias partes do Brasil, especialmente nos estados do Nordeste e da Amazônia, sendo muito comum na Ilha de Marajó (PA). É uma planta aromática, que exala um odor muito forte e nauseante.
Uso caseiro
Utilizada no combate a fungos, bactérias e vírus. Também é considerada anti-inflamatória e analgésica.
Não há indicações quanto ao uso alimentar.
 Como usar
A decocção de folhas e raiz, bem como a tintura, são empregadas no combate ao reumatismo, na forma de fricção.
A decocção de folhas e raízes, bebida em pequeníssimas doses, combate a hipotermia. O cozimento das folhas, é usado na lavagem vaginal, como anti-infeccioso. A combustão das folhas dessecadas produz uma fumaça de cheiro acre, que serve para afugentar mosquitos.
As folhas também entram na composição dos “banhos de cheiro” aromáticos usados pelo povo da Amazônia na época das festas juninas. As raízes devem secar ao sol. As folhas, em lugar bem arejado, mas à sombra. Raízes e folhas devem ser guardadas em sacos de papel.
 Advertência
Esta planta é considerada tóxica. O pó obtido da raiz pode provocar insônia, grande excitação e alucinações. O uso continuado determina acentuada apatia, indiferença e até imbecilidade, convulsões, podendo provocar até a morte.
Deve ser usada com máxima cautela e sempre com orientação médica.



Planta Espada de São Jorge

Nome popular: Espada-de-são-jorge; Rabo-de-lagarto; Língua-de-sogra; Sanseviéria.
Nome científico: Sansevieria trifasciata var laurenttii.
Família: Liliaceae.
Origem:
 África. 
A Espada-de-São-Jorge é uma planta com aspecto bem distinto das demais, sendo bastante utilizada em todo o mundo para ambientes internos e externos. Ela se destaca também por exigir pouca ou nenhuma manutenção e pela sua grande resistência.
A planta é herbácea formada por rizomas, perene, sem caule, de 70 a 90 cm de altura, com folhas espessas. São cultivadas diversas variedades de folhas com margens creme-amareladas curtas, e com manchas amareladas nas margens. Possui inflorescências longas, com flores brancas e pequenas, de importância ornamental secundária.
Cuidados: A espada-de-São-Jorge se desenvolve melhor quando plantada em locais à meia-sombra, mas toleram tanto o sol pleno quanto ambientes pouco iluminados. Apresenta boa resistência a solos áridos e ao calor tropical, bem como ao frio.
Pode ser cultivada em vasos ou em grupos, formando bordaduras ou mesmo para compor maciços.
Evite regas demasiadas, pois isso pode causar o apodrecimento da planta. Deixe a terra secar bem antes de regar novamente. Se for adubar, faça-o somente uma vez ao ano. Troque a planta de vaso assim que as raízes preencherem o vaso todo.
Reprodução: Multiplica-se por divisão da planta pelas raízes, ou também por estacas feitas das folhas, enterrando-se a base de pedaços de folhas.

Curiosidades:
Além de ser uma planta purificadora, e de ser considerada pelos umbandistas como purificadora espiritual ela também pode ser usada em jardins e vasos como plantas ornamentais que requer poucos cuidados, porém deve-se tomar cuidado para que crianças e animais não comam suas folhas já que é uma planta tóxica.

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